quinta-feira, 8 de maio de 2025

Tondela - 75.º Aniversário da Associação Artística de Socorros Mútuos (19 Março de 1967)

 

Foi no dia 19 de Março de 1892, que um grupo de tondelenses bairristas e eivados de um forte espírito solidário e altruísta, à frente dos quais Caetano de Matos Ferreira e António Antunes do Vale, fundou aquela que é hoje a mais antiga instituição do concelho de Tondela.

Falamos da Associação Artística de Socorros Mútuos “19 de Março” que, não obstante, as vicissitudes encontradas ao longo da sua existência, esteve sempre na primeira linha no apoio a quem mais dela necessitava, através da assistência médica e medicamentosa, subsídio na doença, subsídio de funeral e, não obstante a “concorrência” da Segurança Social, ela continua a ajudar aqueles que não foram tão bafejados pela sorte.

Já em 1955, Caetano Tapada, que era o presidente da Direcção, numa revista do Cortejo de Oferendas a favor do novo hospital, realçava os benefícios dos associados, não obstante uma cota baixa de, nessa altura, 10$00 (hoje 5 cêntimos), fiel ao seu lema: “Um por todos e todos por um”.

O beneficiário tinha, na instituição, uma autêntica Caixa de Previdência, com direito a médico, medicamentos e subsídios de doença e de funeral que, nessa altura, era de 500$00. Era muito dinheiro na época.

Mesmo com a Segurança Social a comparticipar, largamente, os medicamentos, nos dias de hoje, a colectividade tondelense continua a ajudar na diferença a pagar ao beneficiário.

Não obstante a sua vida menos desafogada nalgumas alturas, a instituição sempre teria contado com o amparo de figuras beneméritas de Tondela, como foi o caso do saudoso benemérito Alberto Cardoso de Matos que, em devido tempo, teria sido agraciado com a comenda da Ordem da Benemerência, pela sua generosidade, também prosseguida pelo seu irmão José, ambos a criar riqueza em África e que, regressados à sua terra, nunca esqueceram as instituições de solidariedade social, ajudando-as na sua caminhada de bem-fazer, nomeadamente, Bombeiros, Misericórdia, Associação e a antiga Sopa dos Pobres (cantina escolar) e até pela edificação de casas de rendimento e bairro para famílias carenciadas.

domingo, 20 de abril de 2025

Vouzela - Mostra Filatélica Homenagem à Linha do Vale do Vouga - Núcleo de Colecionismo Filatélico "João Ramalho" (noticiário filatélico n.º 54/2024)

 

Posto de Correio: 2024/08/05 (19:30)

Igreja Paroquial de Figueiredo da Donas

Largo Nossa Senhora das Neves

3670-102 FIGIUEIREDO DAS DONAS

A Linha do Vale do Vouga é uma das linhas ferroviárias mais emblemáticas de Portugal, conhecida pela sua beleza paisagística e importância histórica. Inaugurada no final do século XIX, esta linha foi crucial para o desenvolvimento económico e social da região, ligando várias localidades e facilitando o transporte de mercadorias e passageiros.

A linha começa em Espinho, na costa, e estende-se até Viseu, no interior, atravessando paisagens deslumbrantes de montanhas, rios e vales. Ao longo do seu percurso, passa por várias estações históricas, como a de Aveiro e a de Sernada do Vouga, que mantêm a arquitetura original e encantam os visitantes com o seu charme antigo.

No entanto, a Linha do Vouga enfrentou desafios ao longo dos anos, incluindo a concorrência de outros meios de transporte e a necessidade de modernização. Em 2013, a linha foi encerrada para obras de requalificação, mas a sua reabertura tem sido um tema de debate e esperança para muitos residentes e entusiastas ferroviários.

Atualmente, a Linha do Vouga é um símbolo de resistência e património, representando a luta pela preservação de um serviço que foi vital para a comunidade. A sua história é um testemunho da evolução dos transportes em Portugal e da importância de manter viva a memória das linhas ferroviárias que moldaram o país.

Para os amantes de comboios e de história, a Linha do Vouga oferece uma viagem no tempo, permitindo explorar a beleza natural da região e descobrir as histórias das comunidades que ela serviu ao longo dos anos.